Tuesday, December 05, 2006

Existencialismo-Vergílio Ferreira

A obra de Vergílio Ferreira é atravessada por uma constante reflexão sobre a condição humana, um constante registo das grandes interrogações do homem, da procura de sentido para as razões essenciais da vida e da morte – a interrogação filosófica sobre o destino do homem atravessa toda a sua obra.

A sua obra evoluiu no sentido do existencialismo. Os existencialistas sustentam que as pessoas são responsáveis pelas suas próprias acções, e o seu único juiz, na medida em que a sua existência afecta a dos outros.
O homem é o problema central do existencialismo, não enquanto ser abstracto, com uma natureza definida, mas como um ser concreto, que sofre, que trabalha e ama.
Todos os indivíduos dotados de auto consciência podem compreender ou intuir a sua própria existência e liberdade, daí que não devam deixar que as suas escolhas sejam limitadas por nada – nem pela razão, nem pela moral.
O existencialismo possui muitas variantes. Para os seus autores, acima de tudo a vida é para ser vivida. Faz parte inerente da existência humana o devir, a inquietação, o desespero e a angústia. A existência é algo em aberto, sempre em mudança, e não há nenhum tipo de determinismo ou fatalismo. A negação de um destino faz da vida um jogo de possíveis entre possíveis. Cabe ao homem, a cada instante, escolher, optar e, por isso mesmo, ele torna se um ser responsável pela sua vida. Para os existencialistas, o indivíduo não pode ser diluído e apagado num todo, uma vez que cada um é um ser concreto, único e de valor insubstituível. A existência do homem é o plano central das suas reflexões, como dirá Sartre, “a existência precede a essência”. O homem à partida não está definido, ele é um projecto em construção, cada pessoa é aquilo em que se torna consoante aquilo que faz.
O Homem é condenado a ser livre. O Existencialismo segundo Karl Marx.
A arte nasce de uma solidão e dirige-se a outra solidão!

Nós exigimos a liberdade mas igualmente a sua razão de ser.
Que é que justifica uma luz que nada ilumina e se perde no vazio?

“Manhã submersa”, “Aparição”, “Em nome da terra”, “Apelo da noite”, “Estrela polar”, …

1 Comments:

At Tue Feb 13, 03:07:00 pm, Anonymous Anonymous said...

Li a Aparição, como possivelmente tantas pessoas da minha idade. É curioso ver como tu relacionas este tema (um pouco ja tratado no artigo 1 do deste teu blog) com as ciências e a filosofia. Direi mais, curioso e positivo. Continua

 

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