Wednesday, December 06, 2006

Momentos

“Mas ao fechar se à dor, fecha se a tudo… se o mundo nos faz mal podemos tornar-nos concha…
Sem imaginar que esse limbo é o inferno, quando não somos nem mortos nem vivos.”
“Mulher em Branco” R.G.C.

Foi com estas palavras do Rodrigo que deparei me algures no mês de Novembro, era impossível existir consonância maior, em relação ao que ele escreveu e ao que eu sentia.
Sabia que não podia recuar, não existe mais tempo a perder.
Esta estrela que atravessa o céu tem uma intensidade fugaz aos meus olhos e ao olha-los, fico com a sensação que eu também.
Caverna funda. Abismo escuro
F…
Corro, corro, fujo em círculos
Vive-se com isso,
Aprende-se a viver com isso
Eternamente no lodo
Apenas vozes de fundo
Olha. Sou isto
Tenho aqui fogo
Quarto crescente. Lua nova

Pergunta novamente
O quê?
És feliz, Francisco?

(pensa bem)
Sempre melhor fugir
Apenas fugir, fugir, desaparecer

Há pausas que fazem o mundo parar
Pelo menos, o meu

Tive de perceber o que não queria perceber,
que não há maneira de perpetuar isso
O silêncio com que me compreendo
Existir sem existir
O inferno é o isolamento interior
Sorriso de quem se cumpre com normalidade
Pudesse a vida parar aqui
Não. Não quero
Não me importo. Deixo-me ir...

“Há sempre um momento em que a terra acaba e o mar começa”

2 Comments:

At Tue Feb 13, 03:10:00 pm, Anonymous Anonymous said...

Que dizer? Tens mesmo jeito para a escrita. Espero que não estejas no "limbo" que o Rodrigo fala.

 
At Tue Feb 13, 08:06:00 pm, Blogger FranciscoGuerreiro said...

Depende do momento, mas tento não estar...

 

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