Saturday, September 09, 2006

The Picture of Dorian Gray - Oscar Wilde

"-There is no such thing as a good influence,...All influence is immoral - immoral from the scientific point of view.
-Why?
-Because to influence a person is to give him one's own soul. He does not think his natural thoughts, or burn with his natural passions. His virtues are not real to him. His sins, if there are such things as sins, are borrowed. He becomes an echo of someone else's music, an actor of a part that has not been written for him. The aim of life is selfdevelopment. To realise one's nature perfectly-that is what each of us is here for. People are afraid of themselves, nowadays. They have forgotten the highest of all duties, the duty that one owes to one's self. Of course they are charitable. They feed the hungry, and clothe the beggar. But their own souls starve, and are naked. Courage has gone out of our race. Perhaps we never really had it. The terror of society, which is the basis of morals, the terror of God, which is the secret of religion-these are the two things that govern us. And yet... (...) if one man were to live out his life fully and completely, were to give form to every feeling, expression to every thought, reality to every dream- I believe that the world would gain such a fresh impulse of joy that we would forget all the maladies of mediaevalism, and return to the Hellenic ideal-to something finer, richer, than the Hellenic ideal, it may be. But the bravest man amongst us is afraid of himself. The mutilation of the savage has its tragic survival in the self-denial that mars our lives. We are punished for our refusals."
What do you want of this world?
And now in portuguese...

"-Influência boa é coisa que não existe,... Toda a influência é imoral, imoral sob o ponto de vista científico.
-Porquê?
-Porque exercer influência sobre um homem qualquer é dar-lhe a nossa própria alma. Ele não pensa com o seu próprio pensamento, nem arde com as suas paixões naturais. Ele não pensa com o seu próprio pensamento, nem arde com as suas paixões naturais. As suas virtudes não são para ele reais. Os seus pecados, se é que há pecados, são emprestados. Torna-se eco da música alheia, actor dum papel que não foi escrito para ele. O objectivo da vida é o desenvolvimento da própria personalidade. Realizar perfeitamente a nossa natureza - eis para o que nós estamos neste mundo. Hoje todos têm medo de si próprios. Todos esqueceram o mais alto de todos os deveres, o dever que cada um de nós tem para consigo mesmo. São caritativos, é claro. Dão de comer a quem tem fome e vestem os mendigos. As suas almas, porém, andam famintas e nuas. A coragem abandonou a nossa raça. Talvez até, na verdade, nós nunca a tivéssemos. O terror da sociedade, que é a base da moral, e o terror de Deus, que é o segredo da Religião, são as duas únicas coisas que nos governam. E todavia... (...), se nós vivêssemos a nossa vida em toda a sua plenitude, se nós dessemos forma a todos os sentimentos, realidade a todos os sonhos, o mundo ganharia um impulso de alegria, que esqueceríamos todas as doenças do medievalismo e regressaríamos ao ideal helênico, a alguma coisa mais bela, mais rica, talvez, do que o ideal helénico. Mas, entre nós, o homem mais afoito tem medo de si mesmo. A mutilação do selvagem tem a sua trágica sobrevivência na renúncia, que estraga as nossas vidas. Somos punidos pelas nossas recusas."
O que é que queres deste mundo?

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