Wednesday, December 27, 2006

Ernesto Che Guevara

Ideologicamente Complexo
Em cada jovem que acredita num outro mundo possível, em cada indivíduo que acredita numa sociedade melhor, mais justa e mais ética, está o exemplo de Che, muito mais do que como ícone cultural de esquerda ou figura romântica.
O seu exemplo traduz-se num breve trecho de Episódios da Guerra Revolucionária:
"O nível mais alto da humanidade é a entrega, é a renúncia do bem-estar pessoal quando as maiorias vivem na miséria, é compreender que a revolução é um acto transformador da sociedade para que as suas futuras decisões sejam orientadas para o bem-estar da espécie humana. Quando se compreende isto e se atinge esse nível mais alto da espécie humana, então é-se revolucionário. E o dever de todo o revolucionáro é fazer a Revolução".
Luis Sepúlveda, "O Poder dos Sonhos"
Não pertenço a qualquer partido de esquerda, nem de direita, mas revejo me em determinadas ideologias, que não estão perto das ideologias do partido Comunista, seja em Portugal, Cuba ou China, mas acredito numa sociedade mais justa!
Na realidade o dinheiro gera dinheiro, e somente se acreditarmos em mudanças culturais (com base na educação e tecnologia) será possível realizar uma real revolução de modo a redistribuir-se riqueza, seja educacional ou monetária.
Concebo uma visão do mundo que englobe Che e outros revolucionários Nórdicos, não limito os meus horizontes a qualquer ideologia estereotipada.

Friday, December 22, 2006

Pneu Furado!

Ontem a noite foi fantástica...

Fui comer a um restaurante japonês em Faro, sushi e uma massa com carne (porque pra quem não sabe, e eu não sou entendido na matéria, também se pode comer carne no japonês).
Depois eu e a minha amiga, mais conhecida por Carina Resende, fomos buscar uma cassete de video pra vermos na casa dela, quando estavamos no carro ouvimos um barulho muito estranho, o pneu estava furado!
Não sabiamos o que fazer... não encontrámos outro pneu e além disso nunca tinhamos mudado nenhum pneu, o que pra mim não seria difícil porque ja vi mudarem e achei fácil, mas não existia outro, logo tivemos que apanhar um táxi.
Quando iamos no caminho pra uma paragem de taxis soubemos que afinal o carro tinha outro pneu, mas como o carro é muito antigo (matricula preta) está na parte de fora... pelo facto do carro estar no parque da universiadade, e como faltava 10m pra universidade fechar tivemos receio de não conseguir mudar o pneu ou do mesmo não existir.

Resultado: 25euros. O taxistista ganhou a noite!

Tuesday, December 19, 2006

A gente vai continuar!

Terminou ontem a universidade...
Com uma apresentação na cadeira de Economia da Saúde.
Agora começa o estudo intensivo para os exames,
já falta pouco para ir para a Suécia - dia 19!


"A Gente Vai Continuar
Tira a mão do queixo, não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou, ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas para dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem à batota
Chega aonde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota
Enquanto houver estrada para andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada para andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar

Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém, não
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
E a liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo"
Jorge Palma

Wednesday, December 06, 2006

Momentos

“Mas ao fechar se à dor, fecha se a tudo… se o mundo nos faz mal podemos tornar-nos concha…
Sem imaginar que esse limbo é o inferno, quando não somos nem mortos nem vivos.”
“Mulher em Branco” R.G.C.

Foi com estas palavras do Rodrigo que deparei me algures no mês de Novembro, era impossível existir consonância maior, em relação ao que ele escreveu e ao que eu sentia.
Sabia que não podia recuar, não existe mais tempo a perder.
Esta estrela que atravessa o céu tem uma intensidade fugaz aos meus olhos e ao olha-los, fico com a sensação que eu também.
Caverna funda. Abismo escuro
F…
Corro, corro, fujo em círculos
Vive-se com isso,
Aprende-se a viver com isso
Eternamente no lodo
Apenas vozes de fundo
Olha. Sou isto
Tenho aqui fogo
Quarto crescente. Lua nova

Pergunta novamente
O quê?
És feliz, Francisco?

(pensa bem)
Sempre melhor fugir
Apenas fugir, fugir, desaparecer

Há pausas que fazem o mundo parar
Pelo menos, o meu

Tive de perceber o que não queria perceber,
que não há maneira de perpetuar isso
O silêncio com que me compreendo
Existir sem existir
O inferno é o isolamento interior
Sorriso de quem se cumpre com normalidade
Pudesse a vida parar aqui
Não. Não quero
Não me importo. Deixo-me ir...

“Há sempre um momento em que a terra acaba e o mar começa”

Tuesday, December 05, 2006

Existencialismo-Vergílio Ferreira

A obra de Vergílio Ferreira é atravessada por uma constante reflexão sobre a condição humana, um constante registo das grandes interrogações do homem, da procura de sentido para as razões essenciais da vida e da morte – a interrogação filosófica sobre o destino do homem atravessa toda a sua obra.

A sua obra evoluiu no sentido do existencialismo. Os existencialistas sustentam que as pessoas são responsáveis pelas suas próprias acções, e o seu único juiz, na medida em que a sua existência afecta a dos outros.
O homem é o problema central do existencialismo, não enquanto ser abstracto, com uma natureza definida, mas como um ser concreto, que sofre, que trabalha e ama.
Todos os indivíduos dotados de auto consciência podem compreender ou intuir a sua própria existência e liberdade, daí que não devam deixar que as suas escolhas sejam limitadas por nada – nem pela razão, nem pela moral.
O existencialismo possui muitas variantes. Para os seus autores, acima de tudo a vida é para ser vivida. Faz parte inerente da existência humana o devir, a inquietação, o desespero e a angústia. A existência é algo em aberto, sempre em mudança, e não há nenhum tipo de determinismo ou fatalismo. A negação de um destino faz da vida um jogo de possíveis entre possíveis. Cabe ao homem, a cada instante, escolher, optar e, por isso mesmo, ele torna se um ser responsável pela sua vida. Para os existencialistas, o indivíduo não pode ser diluído e apagado num todo, uma vez que cada um é um ser concreto, único e de valor insubstituível. A existência do homem é o plano central das suas reflexões, como dirá Sartre, “a existência precede a essência”. O homem à partida não está definido, ele é um projecto em construção, cada pessoa é aquilo em que se torna consoante aquilo que faz.
O Homem é condenado a ser livre. O Existencialismo segundo Karl Marx.
A arte nasce de uma solidão e dirige-se a outra solidão!

Nós exigimos a liberdade mas igualmente a sua razão de ser.
Que é que justifica uma luz que nada ilumina e se perde no vazio?

“Manhã submersa”, “Aparição”, “Em nome da terra”, “Apelo da noite”, “Estrela polar”, …

/paginainicial/botoesflash/botao1