Tuesday, November 14, 2006

Filme "Alice"

MELANCOLIA E TRISTEZA INFINITA

Este ano apresentou a sua primeira longa-metragem no Festival de Cinema de Cannes e ganhou o Prémio "Regard Jeunes" para o melhor filme, “Alice”. Chama-se Marco Martins e tem 33 anos. “Alice” é a primeira longa-metragem de Marco, que além de realizar também é responsável pelo argumento.
“Alice” conta a história da busca de um pai (personagem interpretada por Muno Lopes, o papel de mãe é de Beatriz Batarda) por uma filha que desaparece misteriosamente. "Gosto deste tipo de personagens obsessivas, mas sobretudo de retratar algo que falta, de saber como é que se preenche um vazio perante uma perda. Por outro lado, achei interessante demonstrar como é que alguém que tem um problema, com o qual a sociedade é incapaz de lidar, constrói um sistema alternativo de funcionamento para tentar lidar com ele."
É um filme frio, negro, melancólico. Passaram 193 dias desde que Alice foi vista pela última vez. Todos os dias Mário, o seu pai, sai de casa e repete o mesmo percurso que fez no dia em que Alice desapareceu. A obsessão de a encontrar leva-o a instalar uma série de câmaras de vídeo que registam o movimento das ruas. No meio de todos aqueles rostos, daquela multidão anónima, Mário procura uma pista, uma ajuda, um sinal.A dor brutal causada pela ausência de Alice transformou Mário numa pessoa diferente mas essa procura obstinada e trágica, é talvez a única forma que ele tem para continuar a acreditar que um dia Alice vai aparecer. No meio da multidão de rostos anónimos, ele procura uma pista, um sinal, algo para não perder a esperança de a encontrar.

A forma fria, obscura e até mesmo impiedosa como a cidade de Lisboa é mostrada e a forma arrastada do filme contribuem, a par com a magnífica interpretação de Nuno Lopes, para que o espectador sinta a tristeza, a melancolia, o vazio que se apoderaram daquele casal.
“Alice” mostra a capital como ela nunca foi filmada no cinema português: uma cidade invernosa, indiferente e percorrida por multidões solitárias. Marco Martins faz da obsessão tenaz do pai o miolo dramático do filme, que não cede ao sentimentalismo ou ao realismo fácil.

Marco Martins coloca no seu filme uma série de questões pertinentes, desde a solidão urbana vincada pelo anonimato, indiferença e falta de comunicação; o poder da imagem e a eficácia dos sistemas de vigilância ou as consequências de uma perda súbita e violenta.

Frágil e desigual, “Alice” pode não ser a obra-prima que tarda a aparecer no cinema português dos últimos anos mas também está bem acima da mediocridade, sendo uma primeira longa-metragem promissora e um inquietante olhar sobre o entorpecimento emocional de dois jovens adultos perdidos numa espiral descendente.

“É muito importante ter-se o reconhecimento do nosso trabalho, e mais do que tudo é um estímulo enorme para continuar a fazer coisas. Não deve haver nada pior do que criar e depois ninguém ver.”

Continua em exibição em Lisboa, apenas num cinema. Cinema Quarteto, junto a Entre Campos, com quatro sessões!!!

“Ninguém ver é quase como não existir”

Friday, November 03, 2006

Sobre a Peça

"Eu não estou a tentar dizer nada.
É essa a minha busca"

Numa altura em que cada vez mais somos levados a pensar todos da mesma forma e onde há menos espaço para a diferença, damos por nós a fazer eco de opiniões em vez de construirmos a nossa própria percepção.

Thursday, November 02, 2006

Photos in south of Portugal in the beginning of September
















Mike & Sara & Me









Santa Luzia, near Pedras d'el Rei
Ilha do Farol


Barril Beach











Sara & Me

Volto pra ficar!

Hey,

Fiquei um mês sem escrever, mas valores mais altos ergueram se…
Acredito que estarei por cá mais vezes.
Depois de ter viajado around the world, estou em Lisboa desde 15 de Setembro.
Em Julho fui para um colégio em Munique durante um mês melhorar o alemão (www.bws-germanlingua.de), seguidamente para Viena, onde fiquei também aproximadamente um mês a adquirir conhecimentos na área económica/gestão, na Universidade WU (http://www.wu-wien.ac.at), considerada uma das 30 melhores na Europa, a nivel de MBA.
A experiência em Munique foi interessante, estive a morar numa casa de família alemã. Os costumes são bastante diferentes dos portugueses, principalmente em relação às refeições e também ao lazer. Viajei pela Baviera, que é uma região fascinante pelos seus recursos naturais e pela sua cultura. Depois fui de comboio para Viena onde estive a morar numa residência.
O mais importante em Viena foi a experiência na universidade, que permitiu me adquirir um vasto conhecimento em distintas áreas, e os amigos que fiz. O facto de estarem lá bastantes Americanos deu me uma perspectiva diferente daquela, que nós Europeus, temos sobre os Americanos.
Através da Danielle, aprendi a ver a América de outra forma.
Enquanto estive a realizar o curso na summer university fui até à Hungria e à Eslováquia. Bratislava é uma cidade extraordinária, pensei em ficar a morar lá com a Danielle, apenas uma ideia fugaz que surgiu-nos…
Budapeste é magnífica pelos seus recursos Naturais e também pela junção de Buda e Peste que é realizada pelas margens do Rio Danúbio. Acho que o que a torna excepcional são os seus recursos naturais porque é uma cidade muito suja e com muitos sem-abrigo (são facilmente visíveis os problemas sociais da Hungria).
Posteriormente voltei para Portugal e resolvi ir para Viana do Castelo, viver num navio, (www.ipj.pt) durante uma semana, e fazer uma “surf trip”, onde conheci alguns britânicos e Belgas. Uma das melhores experiências que já tive! Em seguida, fui para o Algarve com dois amigos, dados pelo nome de Sara e Miguel, onde tivemos numa casa de férias em Pedras d’el Rei (http://www.pedrasdelrei.com), além disso fomos a um dos locais mais paradisíacos de Portugal – Ilha do Farol (Santa Maria). Nos próximos dias colocarei fotografias.

Assim foi..., nos tempos vindouros será mais do género – assim é, porque certamente virei cá mais vezes!

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