Com Fernando Pessoa...

"Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada."

Fernando Pessoa

Francisco em Estocolmo

Estou a viver na maior área estudantil em Stockholm, que dá pelo nome de Lappkärrsberget, fica a cerca de 15m a pé da Universidade. Caso eu queira ir para a Faculdade é cerca de 25m a pé. Também posso ir para a Universidade ou para a Faculdade de autocarro, já que tenho uma paragem mesmo junto à minha residência, mas tal nunca ocorre (o bilhete mensal dos transportes que é combinado é cerca de €75).
Existem vários edifícios nesta área, com cerca de três a quatro andares. Em cada andar vivem 12 pessoas, que partilham duas áreas comuns, a cozinha e a sala (bastante ampla, com sofás, T.V., mesa de jantar). Cada andar é restrito a essas 12 pessoas por um código.
Eu estou a viver num quarto que considero amplo. Além disso, inclui uma casa-de-banho privada com chuveiro.
Neste momento estou a fazer uma cadeira, que dá pelo nome de Retail Management, mas que não é na Faculdade de Economia, mas em Norrtälje. Da Universidade até lá é cerca de 1h de autocarro.
Porque é que a cadeira ocorre noutro local? Foi o que me perguntei durante algum tempo, mas a semana passada, houve entrega de prémios e um lanche para o pessoal que estuda lá (nem percebi porquê). Fiquei a saber que quem paga a manutenção daquele local é uma fundação independente composta por várias empresas. O ensino é especializado desde o primeiro ano até ao último, o que não sucede nas cadeiras ministradas na universidade, em que a especialização só ocorre no último ano. Mas dia 26 de Fevereiro já começo outra cadeira aqui na faculdade.
Considero que o ensino cá em comparação com a faculdade que frequentei em Portugal - Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, é mais fácil.
O que é que quero dizer com fácil?
As aulas ocorrem num formato rectangular, em que analisamos os capítulos dos livros que lemos. Houve inicialmente uma introdução teórica e em todas as aulas existe transmissão de conhecimentos mais técnicos pela professora, mas existe maior empenho dos estudantes, porque temos de apresentar os capítulos todas as aulas, sendo que as aulas tem duração de 4 a 6h.
O que origina um esforço maior, …passo mais tempo na biblioteca (que é fantástica, com um espaço bastante grande e magnifico). Considero que é o melhor edifício da Universidade…

O local que mais me fascina numa Universidade é a biblioteca, é lá que se podem dar grandes transformações...
Cá de cinco em cinco semanas temos uma cadeira, logo temos mais tempo para absorver e analisar o que estudamos.
O livro que estou a ler agora é “The Experience Economy”, bastante interessante (every business a stage). Antes tivemos a ler “Lean Solution” e ainda iremos abordar outro livro. Os livros são em inglês, tal como as aulas. Além disso o preço dos livros cá é cerca de 1/3 do preço dos livros de economia em Portugal.
Fica aqui o meu conceito de fácil… associar prazer com esforço, origina facilidade (nem que seja na assimilação). A forma como me estimulam ou percepciono o modo como me estimulam é bastante diferente...qualquer coisa relacionada ao conceito de Pavlov.
A nota final depende dos assignments, papers, projecto de grupo e do exame. A cadeira não tem quase nenhuma componente matemática.

Tenho que ir, passei a manhã toda na biblioteca, depois reuni me com o grupo no qual estou a desenvolver o projecto e agora vou para o ginásio (fiz ontem a inscrição, já não aguentava mais). Em Lisboa ia quase todos os dias correr cerca de 30 a 60m, mas cá é impossível devido à baixa temperatura.

Photos of the Cruise Party

It is a pity! I was not in this table, but in mine table was one of the most beautiful Swedish girls

I learnt this game in Oxford... It's amazing. Drink, drink and drink!

This is one of the funniest games. You need to blow the cart to the mouth of the next guy.

My team won the game. In five minutes we did 17rounds. We kiss a lot... after me was Melys, a friendly girl from Turkey.

Aborto

Quanto à minha opinião, caso pudesse votar, iria votar pela despenalização do aborto.
À pergunta, se sou ou não a favor do aborto, não tenho qualquer resposta. Nunca poderei passar por essa experiência, logo acho que não tenho nada que opinar...
Mas em relação à pergunta, se sou a favor ou contra a despenalização do aborto, a resposta é claramente sim.
Sou a favor da liberdade com reponsabilidade. Não acredito em fantasias, não vivemos no paraíso... não existem condições (fisica, mentais, económicas) para todos nascermos e como tal devesse usufruir de tal ferramenta sempre que necessário.
Faz mais sentido discutir se existe condições para as crianças que nascem todos os dias... onde é que está a igreja para apoiar este género de acções?
O dogmatismo da igreja em Portugal é exacerbante... e não se confunda igreja com Deus ou religião.
É triste apoiarmos as nossas opiniões em dogmas criados por pessoas que vivem voltadas pra si mesmas e que não sabem como vive o mundo em que habitam.

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"Impedir a participação dos portugueses residentes no estrangeiro nos referendos realizados em Portugal é um acto de manifesta e clara marginalização de quase um quarto da população portuguesa"

Associação dos Portugueses no Estrangeiro (APEportugal)

De acordo com a Lei do Referendo, os portugueses residentes no estrangeiro podem participar em qualquer consulta pública sempre que a matéria em causa "lhes diga especificamente respeito".
No entanto, o Tribunal Constitucional justifica a não participação dos emigrantes no referendo, por não estarem, "em regra, sujeitos à aplicação da lei penal portuguesa", participando nele apenas os eleitores recenseados em Portugal.
No comunicado, a Associação dos Portugueses no Estrangeiro considera que se trata "de um assunto que interessa a todos os portugueses e não apenas aos que vivem em Portugal".
DOSSIER Referendo ao Aborto II-JN

Quanto aos que estão recenseados em Portugal, mas que estão ausentes no estrangeiro temporariamente houve também descriminação, uma vez que o voto apenas pode ser realizado em Portugal.

Seníor Buddy Dinner»Photos

Fernando Pessoa

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
Fernando Pessoa

Viajar de Barco durante 24h

Acordei às 5 horas da madrugada, caminhei durante 15m até à estação de metro, onde encontrei mais quatro Erasmus.
Ao sairmos da estação de metro encontrámos a maioria dos Erasmus que iria começar esta aventura - viajar durante 24h de barco, até Helsínquia, mas permanecer durante as 24h sempre no barco.
Tínhamos que apanhar um autocarro para o cais, mas resolvemos fazer todos a caminhada a pé.
No cais juntámo-nos em grupos de quatro, e assim fomos divididos por quartos.
Foi dos melhores domingos que já passei...
Começámos a beber eram 10horas da manhã, o que é natural para os finlandeses e alemães.
Foram preparados jogos, pela comissão de estudantes de Erasmus, inimagináveis... muitos beijos na boca ocorreram... sem qualquer pudor jogámos bastante.
Além disso, conheci uma rapariga fantástica, a mais gira até hoje... nunca vi uma rapariga tão linda... conversámos, deitou-se ao meu lado na cama, entendemo-nos.
A discoteca abriu às 23:30, o barco atracou às 6:30. Cheguei a casa 7:15, acordei 16:30, não cheguei a ver a luz solar no dia 5 de Fevereiro, mas a causa era essencial...
Foi o "início" de Erasmus, não poderia ter começado melhor!!!!

Confronto

"Só contigo te salvas ou condenas. Os teus amigos, mesmo os mais chegados, não estão contigo na hora grave de seres. Está-se só a toda a hora, não apenas à pascaliana hora da morte. Ninguém pode ser em vez de ti a seres. O que és, é-lo só tu. Quem está com os outros, quando estás, é o teu sósia, não muito parecido, aliás. E esquecendo-te a ti, esqueces o que anda aqui a querer comunicar contigo, o fantástico do que existe, o mistério do que é, o silêncio intrínseco do mundo, que é a sua morada. Pôs-te a vida um segredo íntimo de ti. Escuta-o. Não o poderás revelar a ninguém, nem mesmo a ti. Mas como podes morrer sem saber ao menos que existe? Como pode a vida tê-lo desperdiçado contigo? É o mistério das coisas, a verdade secreta de elas serem. Ninguém pode ser por ti. O que és com os outros é o lado de fora de seres. Cerra os olhos sobre ti, ao menos de vez em quando. E adormece, se puderes, no centro do mundo. E terás conhecido a tua imortalidade." Vergílio Ferreira

Como pode alguém morrer sem o ter conhecido...?

A forma como escreve, se expressa, sempre sem dogmas,...

Neste momento estou a ler Mudança, um dos muitos livros do Vergílio.

Existe um fascínio pela forma como faz pensar.

"No seu desprendimento por tudo, naquela traição à vida que lhe envenenava o sangue. Mais forte, porém, que a razão, era o desejo absoluto de esquecer."

Neste momento, nesta fase, o que mais apetece, é esquecer o que ficou pra trás, existe qualquer coisa nova a construir.

There is not beginning or end, only change.

Quando o conheci pela primeira vez, em Aparição, existiu logo consonância no rumo.

A certa altura disse "Afinal Deus não existe", foi preciso ele dizer pra eu entender, foi o confronto com a verdade. A minha e a dele, pelo menos, naquele momento.

Desde há seis anos que o conheço, e sempre que vou ter com ele sinto me assim, no centro do mundo.